Monga

Jéssica Teixeira (CE)

22

SET

18

“Não tenho medo do meu corpo. Se eu tivesse, vocês ficariam mais à vontade? Se uma pessoa sente medo da outra, ela se torna uma pessoa capaz de fazer qualquer coisa com essa outra. De onde vem esse medo? Já pensou até onde isso pode levar? Já adianto que não confio nas pessoas que conseguem esconder seus medos, nem nas que fingem estar tudo bem. Mas, tenho até amigos que são assim. Então sintam-se convidados! Se acheguem, pois serão muito bem-vindos. Temos cachaça. É cortesia daqui de casa.” Essa montagem de Monga não é mais um número dos circos tradicionais da década de 80, nem muito menos um teatro documental sobre as tantas mongas desses circos tradicionais do Brasil (séc. XX) ou apenas um resgate do passado de Julia Pastrana (México, 1834-1960). Essa montagem é a continuidade da pesquisa de Jéssica Teixeira iniciada no seu primeiro solo, “E.L.A”, que estreou em 2019 no qual, pela primeira vez, a multiartista fez do seu corpo a matéria bruta para sua dramatúrgica e sua encenação, que tem como mola propulsora o conceito de estranhamento – do público para com ela e com as obras. A obra revisita o passado, derrubando mitos para construir outros imaginários possíveis a partir da história de Julia Pastrana: uma das intérpretes, cantoras e bailarinas que esse mundo já teve! Para isso, tal como numa evocação, Jéssica se propõe a dançar, performar e cantar com maestria, tal como a multiartista mexicana e misturar as duas histórias no intuito de aumentar as chances de futuros mais dignos de corpos como os nossos na sociedade e no mercado de trabalho/arte, na indústria cultural.

Local:
Teatro Lycio Neves (TEA)
Caruaru (PE)

Hora: 19h
Duração: 90′

FICHA TÉCNICA

Direção geral, dramaturgia e atuação: Jéssica Teixeira // Direção de arte: Chico Henrique // Direção musical: Luma // Direção técnica e iluminação: Jimmy Wong // Luz da primeira abertura de processo: Aline Rodrigues // Música do início: Real Resiste, de Arnaldo Antunes // Texto gravado: Entre fechaduras e rinocerontes // Montagem e contrarregragem: Aristides de Oliveira // Produção: Rodrigo Fidelis, Gabi Gonçalves e Corpo Rastreado // Criação: Catástrofe Produções e Corpo Rastreado

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